AS LENDAS SOBRE JESUS

Habitualmente, tem-se o costume de representar Jesus Cristo pregado numa cruz. Mas depois disso, Ele ressuscitou e está agora sentado à direita do Pai, o Todo Poderoso.

A pessoa, a vida e o ensino de Cristo são o fundamento da Bíblia, porque Ele era já uma realidade, antes do começo de todas as coisas.

A Bíblia revela que Jesus Cristo foi chamado a «Palavra» e vejamos o que o apóstolo João diz: «No princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus» (João 1:1). Muitas falsas ideias foram espalhadas a seu respeito e é por esta razão, que nós gostaríamos de na vossa companhia, restabelecer algumas verdades. Estas verdades podem ser encontradas dentro de todas as Bíblias.

Porque, não aceitais este convite? Verificai então dentro das quatro biografias históricas, que se relacionam com o seu nascimento e com a sua vida e que são os quatro evangelhos, se aquilo que escrevemos é exacto ou não!

Porque deveis continuar a deixar-vos seduzir, por citações ou lendas que nada têm a ver com a pessoa deste Deus que veio à Terra, abandonando toda a sua divindade, a fim de poder morrer por todos os homens e vir assim a ser o Salvador da humanidade?

Nunca vos perguntastes, porque razão Jesus foi deitado numa manjedoura depois do seu nascimento? Foi porque José e Maria eram pobres, como se ouve dizer? Não, a razão foi porque nessa altura um édito de César Augusto saiu, ordenando um recenseamento de todas as terras. José, que era da casa e da família de David, subiu da Galileia, mais precisamente da cidade de Nazaré par ir à cidade de David, a cidade de Belém para se inscrever com Maria.

Durante a sua estadia, chegou o momento em que Maria devia dar à luz e assim, ela deu à luz o seu filho, o seu «primogénito». Depois envolveu-o em panos e deitou-o numa manjedoura, «Porque não havia lugar para eles na estalagem» (Luc. 2:1-7). Esta é a verdadeira razão.

Se Jesus foi deitado numa manjedoura, logo a seguir ao seu nascimento, foi porque José e Maria não encontraram lugar na estalagem, porque tudo estava cheio, devido à grande quantidade de visitantes, que tinham vindo à cidade de David para se inscreverem. José habitava na cidade de Nazaré e para lá voltou depois do nascimento de Jesus.

Há aqui também, um ponto muito importante, como vimos acima, no capítulo dois de Lucas e no versículo sete, nós temos a confirmação de que Jesus foi o primogénito, filho de Maria. Ora se Jesus foi o primogénito, ou seja o mais velho, ou ainda o primeiro filho de Maria, foi porque Maria teve outros filhos. É precisamente isso, que confirma Mateus, quando escreve a respeito de José: «E José acordando do sonho, fez como o anjo do Senhor lhe ordenou e recebeu Maria; e não a conheceu até que deu à luz o seu primogénito, e pôs-lhe o nome de Jesus» (Mat. 1:24-25). Verificai, isto, dentro da vossa Bíblia e não esqueçais que Jesus apenas algumas horas antes de ser preso, declarou: «A tua palavra é a verdade» (João 17:17). Por esta declaração, vós deveis saber que esta passagem é verdadeira. Isto não são lendas, nem as tradições que se ouvem desde há muitos séculos.

José era carpinteiro. No nosso tempo, um carpinteiro deve ser capaz de traçar, medir, construir vários elementos de madeira, mas naquele tempo eram ainda responsáveis por outros trabalhos, que não se podiam terminar, sem que a parte de carpinteiro estivesse perfeitamente terminada. Há quem suponha, que José era pobre, mas pelo menos, não parece, pois tinha a sua casa mesmo na cidade e para lá voltou, depois de voltar da sua viagem a Belém.

Uma outra lenda afirma que, quando os magos se apresentaram diante de Jesus, Ele estava ainda na manjedoura. De qualquer maneira, quando os magos guiados por uma estrela, ou seja um astro ou um anjo, isto segundo a definição bíblica, chegaram diante de Jesus, eles encontraram-se, não diante de um recém-nascido, mas sim diante de um pequeno menino, já vivendo numa casa e não num estábulo. De realçar, que Herodes tomou a idade das crianças que foram mortas, de dois anos para baixo e não de alguns dias ou semanas.

Vejamos a narração dos factos: «E tendo eles ouvido o rei, partiram, e eis que a estrela que tinham visto no Oriente ia adiante deles, até que, chegando, se deteve sobre o lugar onde estava o menino. E vendo eles a estrela alegraram-se muito com grande alegria. E, entrando na casa, acharam o menino com Maria sua mãe, e, prostrando-se, o adoraram; e abrindo os seus tesouros, lhe ofereceram dádivas; ouro, incenso e mirra.»(Mat. 2:9-11)

Como poderemos demonstrar noutras ocasiões, Jesus, o Verbo é o Senhor do Antigo Testamento, antes de vir a ser Jesus. Foi Ele que inspirou todos os escritos da Bíblia, assim como todas as profecias, incluindo aquelas que lhe diziam directamente respeito. Essas profecias explicam, entre outras, todos os sofrimentos pelos quais Ele devia passar no fim do seu ministério, assim como também, a forma como iria morrer.

Quando Jesus tinha doze anos, José e Maria foram a Jerusalém pela festa da Páscoa e dos pães sem fermento. Quando voltavam para Nazaré, pensavam que Jesus vinha com os companheiros de viagem, mas como não o encontraram no grupo, voltaram a Jerusalém e ao fim de três dias foram encontrá-lo no templo, assentado no meio dos doutores da lei. Vejamos o que se diz entre Jesus e Maria: «E quando o viram, maravilharam-se e disse-lhe sua mãe: Filho, porque fizeste assim para connosco? Eis que teu pai e eu ansiosos te procurávamos. E ele lhes disse: Porque é que me procuráveis? Não sabeis, que me convém tratar dos negócios de meu Pai?» (Luc 2:46-49).

Com a idade de doze anos, Jesus sabia quem era e porque razão tinha vindo à Terra como homem. Sabia também quem era o seu verdadeiro Pai e certamente que também sabia que viria a ser o Salvador de toda a humanidade, viria a ser aquele que iria morrer de uma morte horrível, por todos os homens, levando consigo, nos seus sofrimentos, as nossas doenças e enfermidades. Como vemos Ele sabia bem todas estas coisas, aos doze anos.

A descrição dada pelos diversos profetas, dos seus sofrimentos e da sua morte, eram mais que suficientes para desencorajar qualquer pessoa. Mas quanto mais avançava na idade, maior era a sua firmeza e coragem, o seu carácter, mais audacioso, enérgico e voluntário.

Em geral Jesus é apresentado com ar efeminado, com longos cabelos. Será bíblica, esta descrição? Que nos diz a Bíblia? Em I Coríntios 11:14-15, podemos ler o seguinte: «Ou não nos ensina a mesma natureza, que é desonrado para o homem ter o cabelo crescido?»

É também considerado, como homem tímido, o que é dar uma falsa imagem dele. Falando aos escribas e fariseus não hesitou em os tratar de hipócritas, serpentes e raças de víboras. Jesus era forte e de boa saúde. Ele tinha a possibilidade de não ir até ao seu sacrifício final, de decidir se entregar por toda a humanidade, esta humanidade que sempre o rejeitou, tinha a livre escolha de morrer ou de desistir desta decisão. Querer ser o Salvador de todos os homens era e foi da sua inteira vontade.

Mas, Ele tinha um objectivo e nunca se afastou dele, apesar de tantas tentações. Falando da sua vida, perto do momento de a oferecer, Ele disse: «O Pai, me ama, porque dou a minha vida, a fim de tornar a tomá-la. Ninguém ma tira, mas eu de mim mesmo a dou, tenho o poder de a dar e poder para tornar a tomá-la. Este é o mandamento que recebi do meu Pai» (João 10:17-18).

O seu sacrifício e os seus sofrimentos foram voluntários. Ele morreu, para que nós, pelo seu sangue possamos ser perdoados ou justificados, podendo se o desejarmos, vir a ser reconciliados com Deus (Rom. 5:8-10). Também Ele sofreu para que possamos ser curados das nossas doenças. Leiam na vossa Bíblia e meditem sobre os versículos, que se encontram em Isaías 52:14 e 53:4-5 sem esquecer I Pedro 2:24.

O grande ponto, que poucos cristãos compreendem é que lhes é indispensável, arrependerem-se e converterem-se, depois não continuar deliberadamente a viver numa vida de pecado, transgredindo a lei de Deus. Sim essa lei, que muitos pensam ter sido abolida por Cristo quando Ele veio à Terra, sendo Ele categórico sobre este ponto, ao afirmar: «Não cuideis que vim abolir a lei, ou os profetas; eu vim não para abolir, mas para cumprir. Porque em verdade vos digo, que até que o céu e terra passem, nem um jota ou um til, se omitirá da lei, sem que tudo seja cumprido» (Mat. 5:17-18).

Jesus cumpriu a lei. Segundo a palavra original grega, ela significa que a completou ou aperfeiçoou. Ele pô-la em prática durante a sua vida, rejeitando assim o pecado, que não é outra coisa que a transgressão desta mesma lei infalível e eterna. Desta forma, Ele nos deixou o exemplo, que nós devemos seguir.

Mas, quem se preocupa hoje com a lei de Deus? Antes de ser preso, Jesus afirmou que tinha guardado os mandamentos de seu Pai. Também, todo o homem que queira vir a ser seu discípulo, tem que se preocupar em fazer o mesmo. É esse o caso?

Existem ainda, tantas verdades a tornar claras a respeito das lendas que desde há muito tempo circulam a respeito de Jesus. Mas falaremos delas noutras ocasiões.

Verifiquem todas estas coisas na vossa Bíblia e descubram o verdadeiro Cristo. Não se esqueçam, que há um só Senhor e uma só verdade. Procurai a verdade e ela vos libertará.