QUEM É UM VERDADEIRO CRISTÃO?

Actualmente existem mais de 400 seitas, igrejas e denominações religiosas! E todas apresentam diferenças fundamentais. Reconhecerá Jesus, como verdadeiras, as organizações que hoje utilizam o seu nome? Como pode o leitor ter a certeza, do que deve ser um verdadeiro cristão?

Já alguma vez, encontrou um verdadeiro cristão? Já alguma vez, conheceu uma igreja de verdadeiros cristãos? Você é cristão?

É a própria América a dizer-nos, que é uma nação cristã. Podemos mesmo ler na sua moeda: «In God We Trust» (Nós confiamos em Deus).

No entanto, no nosso mundo de confusão, existem mais de 400 igrejas e denominações que se consideram «cristãs». Apesar de todas elas terem ideias e práticas um pouco diferentes, todas se servem do nome de Jesus Cristo. Esta é uma das razões, pela qual muitos «não cristãos» ironizam, com a ideia de que, o cristianismo é a religião inspirada directamente por Deus.

Isto não é de admirar. Porque muitas, das grandes guerras da história foram desen-cadeadas, por nações que se consideram cristãs. Também no decorrer das últimas décadas, as estatísticas sobre violações, roubos, assassínios, subiram em flecha em muitos dos países cristãos ocidentais.

Porquê? Será que não compreendemos qual é o verdadeiro cristianismo? Será que milhões de pessoas frequentam regularmente uma igreja, sem compreenderem realmente, as instruções simples e perfeitas de Jesus Cristo e não as põem em prática?

O filósofo moderno Sören Kierkegaard, altamente estimado, escreveu no seu livro intitulado Attak Upon Christendom: «O cristianismo do Novo Testamento não existe. Milhões de pessoas, ao longo dos séculos, foram pouco a pouco, privando Deus do cristianismo e conseguiram fazer exactamente o contrário, do que está escrito no Novo Testamento» (Somos nós que traduzimos e realçamos nesta brochura).

Podemos então colocar a seguinte questão, porque é que o cristianismo do Novo Testamento não existe? Porque é que milhões de pessoas vivem confusas, quanto ao que é o verdadeiro cristianismo?

Uma sedução planificada

Voltamos a afirmar que, se compreendermos as palavras simples e precisas da Bíblia, saberemos porque existem tão poucos verdadeiros cristãos. Mas deixem-me explicar-vos!

Numa linguagem clara, Jesus disse: «Porque muitos virão em meu nome, dizendo: Eu sou o Cristo; e enganarão a muitos» (Mat. 24:5). Repare, que estes não vêm no seu próprio nome. E não dizem que são Cristo! Esses falsos profetas vêm em nome de Cristo e dizem quem é o Cristo. Em seguida, como iremos ver, utilizam o nome de Cristo e desta forma procuram fazer passar as suas falsas ideias religiosas e as suas filosofias, sob a bandeira de Cristo!

Como se pode compreender, se eles são suficientemente hábeis, as pessoas podem utilizar o termo «cristão» para designar quase tudo. Utilizando o termo «cristão», nas suas filosofias, através de frases ou palavras agradáveis, conseguem fazer com que muitos acreditem neles.

Mas por detrás desses homens e mulheres, que por vezes são sinceros, existe um grande ser espiritual, Satanás, o diabo. Ele, que noutros tempos foi um ser extremamente sábio e formoso (Ez. 28:12-15), hoje é diabólicamente engenhoso, sedutor, com encanto, enganando os indivíduos inconscientes.

Deus chama Satanás «o príncipe das potestades do ar, o espírito que agora opera nos filhos da desobediência» (Ef. 2:2). Satanás é ainda melhor descrito em Apocalipse 12:9: «Ele foi precipitado, o grande dragão, a antiga serpente, chamada o diabo e Satanás, que engana todo o mundo; ele foi precipitado na terra, e os seus anjos foram lançados com ele».

Assim, se Satanás opera nos filhos da rebelião, se «engana toda a terra», então milhões de pessoas são fascinadas por ele!

Longe de ser insignificante, isto constitui uma «grande» sedução!

A grande realidade, é que sob a influência invisível, mas poderosa de Satanás, o diabo, todo tipo de ideias foram apresentadas como sendo cristãs, quando na verdade não o são. A maior parte dessas ideias saem directamente do paganismo. Os ensinamentos claros e directos de Jesus Cristo, sobre o modo de viver, foram praticamente todos enterrados sob uma avalanche de credos, doutrinas e liturgias

Jesse Lyman Hurlbut escreveu sobre a história da cristandade, um excelente manual intitulado The Story of the Christian Church. O autor escreveu na página 41, uma afirmação impressionante: «Chamamos à última geração do primeiro século de 68 a 100 d.C., «A era Sombria», em parte por causa das sombras e da perseguição que pairou sobre a igreja, mas sobretudo, porque de todos os períodos da história da igreja, este é aquele do qual menos sabemos. Não temos mais, a luz clara do livro dos Actos, para nos guiar, nem nenhum autor dessa época conseguiu preencher esse vazio. Gostaríamos de poder ler a continuação dos actos, escritos pelos companheiros do apóstolo Paulo, tais como, Timóteo, Apolo ou Tito, mas estes não são mais mencionados depois da sua morte. Durante quase 50 anos depois da morte de Paulo, um véu caiu sobre a igreja, véu esse, que nos impede de compreender claramente o que se passou até por volta do ano 120 d.C. A partir daqui, graças às escrituras dos primeiros patriarcas da igreja, encontramos uma igreja muito diferente em muitos aspectos, daquela que existiu na época do apóstolo Pedro e Paulo».

O que Jesus Cristo realmente ensinou

Para compreender até que ponto as diversas igrejas se tornaram diferentes, é preciso voltar ao início da igreja — Jesus Cristo. Se alguém sabe o que é o verdadeiro cristianismo, é Jesus Cristo!

Desde a sua juventude, Jesus foi educado, como Judeu, na observância dos Dez Mandamentos dos Sábados e dos dias santos, que Deus revelou à antiga nação de Israel. Parece que é muito fácil, aos «eruditos» esquecerem este simples facto, de o ignorar ou pretender que não tem importância.

Mas como veremos mais à frente, este facto reveste ENORME diferença. Todos os que pretenderem o contrário arriscam-se a perder a vida eterna!

Um homem perguntou a Jesus: «Bom Mestre, que bem farei, para conseguir a vida eterna?». Jesus respondeu: «Porque me chamas bom? Não há bom senão um só, que é Deus. Se quiseres, porém, entrar na vida, guarda os mandamentos». O homem perguntou: «Quais?» e Cristo respondeu-lhe: «Não matarás, não cometerás adultério, não furtarás, não dirás falso testemunho; Honra teu pai e tua mãe, e amarás o teu próximo como a ti mesmo» (Mat. 19:16-19).

Assim, Jesus mostrou, claramente, que o caminho para a vida eterna passa pela obediência a Deus, e pela observância dos seus Mandamentos.

Jesus aperfeiçoou a lei espiritual de Deus, os Dez Mandamentos, no sermão pro-fético da montanha. Um estudo cuidadoso mostra-nos, que longe de os abolir, Jesus torna-os mais exigentes. Por exemplo: Jesus ensinava aos seus discípulos, que não somente, não deviam matar, nem sequer, ter a ideia de matar o seu irmão (Mat. 5:21-22).

Mais adiante acrescentou, que eles sabiam que não deviam cometer adultério, mas que olhar para uma mulher para a cobiçar, já era cometer adultério com ela, no seu coração (Mat. 5:28).

 

Será que todas as denominações cristãs, que praticam «boas obras»constituirão o verdadeiro cristianismo?

Sem dúvida alguma, que as «boas obras» foram feitas, tanto por religiões cristãs, como por religiões não cristãs. Quando as pessoas obedecem a Deus e amam o seu próximo, como a si mesmo, são abençoadas por Deus, assim como os que estão à sua volta (Deut. 4:6-8 e 11:27; Gén. 22:18). É bom praticar «boas obras», no entanto, estas não são suficientes. Deus não está sentado com uma balança na mão, enviando as pessoas para o paraíso, se as suas boas acções forem mais, do que as más. A nossa justiça não é suficiente diante de Deus (Is. 64:6), porque todos os homens pecaram, (Rom. 3:23). Jesus Cristo disse que rejeitaria os que somente fazem «boas obras» e que não procuram fazer a vontade de seu Pai, isto é, procurar conhecê-lo e obedecer aos seus mandamentos (Mat. 7:21-23). É realmente muito triste, ver que os cultos, considerados cristãos, não ensinaram o plano de Deus ao Mundo. Apesar de muitas igrejas terem tido muita influência sobre alguns governos nacionais, em diferentes épocas da história, até agora nenhuma trouxe uma paz duradoura.

Jesus Cristo veio ao mundo pregar o evangelho (a boa nova) do Reino de Deus (Mar. 1:14-15), um reino, ao qual todos os reinos da terra se submeterão (Dan. 2:44).

É possível, adorar-se Deus em vão? Sim é possível, pois Deus é muito claro, quando afirma: «Em vão, porém me honram, ensinando doutrinas que são mandamentos de homens. Porque deixando o mandamento de Deus, retendes a tradição dos homens» (Mar. 7:7-8).


A lei da liberdade

Imaginem!

Se o Mundo inteiro quisesse começar a viver conforme os Dez Mandamentos, tal como foram ampliados por Jesus Cristo, não teríamos crimes, nem adultério, nem famílias separadas, nem filhos abandonados, assim como, não teríamos guerras! O sentimento profundo de estabilidade, de paz e de segurança abundariam sobre a Terra e produziriam um efeito de cura real, em muitos domínios. A quantidade de depressões e doenças mentais seria altamente reduzida. Mesmo as doenças físicas diminuiriam, porque é certo, que as nossas atitudes mentais afectam muito a nossa saúde física.

O apóstolo Tiago chamou à Lei de Deus, «a lei da liberdade». Escreveu: «Porque, qualquer que guardar toda a lei, e tropeçar em um só ponto, tornou-se culpado de todos. Porque, aquele que disse: Não cometerás adultério, também disse: Não matarás. Se tu, pois, não cometeres adultério, mas matares, estás feito transgressor da lei. Assim falai e assim procedei, como devendo ser julgados pela lei da liberdade» (Tiago 2:10-12).

É claro, que este apóstolo do Novo Testamento foi inspirado para nos dizer, que devemos observar, infalivelmente, a Lei de Deus, muito simplesmente resumida, nos Dez Mandamentos. E que se fizermos distinção, «sois redarguidos pela lei como transgressores» (v. 9). Assim, os Dez Mandamentos não foram abolidos, nem pregados na cruz, pois nesse caso, não poderiam condenar ninguém por nenhuma transgressão!

Tal como foi ampliada por Cristo, a maravilhosa «lei da liberdade» de Deus traria à humanidade, a paz e a felicidade individual e colectiva, se tivesse sido observada uni-versalmente. Será isto um dia possível? Certamente!

Porque Deus inspirou o apóstolo Paulo a citar a profecia de Jeremias, que descreve o reino milenário de Cristo: «Porque este é o concerto que, depois daqueles dias, farei com a casa de Israel, diz o Senhor: Porei as minhas leis no seu entendimento, e em seu coração as escreverei; e eu lhes serei por Deus, e eles me serão por povo. E não ensinará cada um a seu próximo, nem cada um ao seu irmão, dizendo: Conhece o Senhor; porque todos me conhe-cerão, desde o menor deles até ao maior» (Heb. 8:10-11).

Podemos ver claramente, que a Lei de Deus a Lei espiritual, os Dez Mandamentos, serão a base da vida no Mundo futuro. Todos os homens e mulheres virão a amar, venerar, obedecer e a adorar o verdadeiro Deus — fazendo o que Ele ordenar. Todos aprenderão a amar o seu próximo, como a si próprios. Graças à verdadeira conversão e à força do Espírito de Deus, eles aprenderão, progressivamente, a colocarem-se na posição dos seus semelhantes, para os ajudarem a servir e a encorajarem-se uns aos outros, de modo a que todos os humanos possam ter uma vida positiva, feliz e produtiva.

Como já foi dito mais acima, assim que a Lei de Deus, a lei da liberdade seja universalmente compreendida e observada, o Mundo viverá «em paz» — como ainda nunca viveu, desde que Adão e Eva foram expulsos do jardim do Éden.

O que deveis fazer

Se desejardes ser um verdadeiro cristão, exactamente o tipo de cristão, que a Bíblia descreve, existem várias coisas, que devem fazer.

Em primeiro lugar, deveis começar por provar, que existe um Deus real. Não uma «essência do bem», que paira através das nuvens, mas literalmente uma pessoa composta de espírito, que criou o Céu e a Terra e que reina sobre todo o Universo. Como podemos ler na epístola aos Hebreus: «Ora sem fé é impossível agradar-lhe; porque é necessário que aquele que se aproxima de Deus, creia que Ele existe, e que é ele o galardoador, dos que o buscam» (Heb. 11:6).

Tereis que provar, sem a menor dúvida, que a Bíblia é, verdadeiramente, a revelação inspirada por Deus, para o homem, assim como o explica Paulo: «Toda a escritura é inspirada por Deus, é proveitosa para ensinar, para redarguir, para corrigir, para instruir na justiça. Para que o homem de Deus seja perfeito, e perfeitamente instruído, para toda o boa obra» (II Tim. 3:16-17).

Depois é necessário que comece a estudar a Bíblia! Não somente lê-la, mas estudá-la, se possível com uma concordância e de preferência, com mais do que uma tradução bíblica. Deve investigá-la minuciosamente, compreendê-la, meditar sobre aquilo que lê, orar a Deus, para que lhe conceda a compreensão e o desejo profundo e sincero de fazer o que Deus diz — procurar obedecer-lhe. Porque Jesus disse: «Está escrito, nem só de pão viverá o homem, mas de toda a palavra que sai da boca de Deus» (Mat. 4:4).

Assim, deve aplicar-se, sinceramente, a VIVER de toda a palavra que sai da boca de Deus!

Então, através desta pesquisa pessoal e sincera do verdadeiro Deus, será sem dúvida conduzido pelo Espírito de Deus, a compreender que Jesus Cristo é, realmente, o filho de Deus e o Salvador do Mundo, e que Ele é o vosso Salvador.

O apóstolo Paulo descreve, isto, da seguinte forma: «Mas, Deus prova o seu amor para connosco, em que Cristo morreu por nós, sendo nós ainda pecadores. Logo, muito mais agora, sendo justificados pelo seu sangue, seremos por Ele salvos da ira. Porque se nós, sendo inimigos fomos reconciliados com Deus, pela morte do seu Filho, muito mais, estando já reconciliados, seremos salvos pela sua vida» (Rom. 5:8-10).

Somos, então, «justificados», reconhecidos justos, reconciliados com Deus, através da nossa aceitação, do fundo do nosso coração, da morte de Jesus Cristo, como pagamento dos nossos pecados. Cada um de nós deve sempre sentir, uma gratidão e lealdade pessoal e profunda, para com Cristo, por Ele se ter entregue por nós, abandonando a sua divindade.

Pois, Jesus Cristo, Filho de Deus, entregou-se Ele mesmo por nós! E é, actualmente, o nosso fiel Soberano Sacrificador, sentado gloriosamente à direita de Deus, a fim de interceder por nós quando oramos e procuramos Deus (Heb. 4:14-16). Jesus Cristo é também a cabeça da Igreja (Ef. 1:22-23), e é ainda Ele que reinará brevemente sobre toda a Terra (Apoc. 11:15).

Cada um de nós deve aceitar, o verdadeiro Jesus Cristo da Bíblia, na qualidade de nosso Salvador, nosso Senhor e Mestre, nosso Sumo Sacerdote e futuro Rei de todo o Universo. A nossa entrega a Cristo tem de ser absolutamente sincera.

Segue-se uma «chave» essencial: Depois de aceitar Jesus Cristo, deveis acreditar na Sua mensagem — o que ela representa e o que Ele ensinou.

Porque Jesus disse: «E porque me chamais, Senhor, Senhor, e não fazeis o que Eu digo?» (Luc 6:46).

E acrescentou: «Nem todo o que me diz: Senhor, Senhor! entrará no reino dos céus, mas aquele que faz a vontade do meu Pai que está nos céus» (Mat. 7:21).

Então, qual era a mensagem que Jesus pregava? «E, depois que João foi entregue à prisão, veio Jesus para a Galileia, pregando o Evangelho do reino de Deus. E dizendo: O tempo está cumprido, e o reino de Deus está próximo. Arrependei-vos, e crede no Evangelho» (Mar. 1:14-15).

Jesus veio pregar a boa nova do reino e do governo de Deus. Como já vimos, Ele ensinou, claramente, que as leis deste reino são baseadas nos Dez Mandamentos.

Assim para se ser um verdadeiro cristão, tem que se arrepender dos seus pecados e procurar observar as leis desse futuro governo, acreditar na boa nova do reino de Deus e aceitar Jesus Cristo, na qualidade de único Salvador.

O arrependimento e o baptismo

Já vimos, que os pecadores são condenados pela Lei (Tiago 2:9). E Tiago acrescenta: «Porque, qualquer que guardar toda a lei, e tropeçar em um só ponto, tornou-se culpado de todos» (v. 10). A Lei é composta por dez pontos fundamentais, Os Dez Mandamentos. Se transgredirmos, um só somos condenados pela Lei.

Já perto do fim da época do Novo Testamento, o apóstolo João escreveu: «Qualquer que comete pecado, também comete iniquidade, porque o pecado é iniquidade» (ou transgressão da lei) (I João 3:4). E falando, claramente de Deus Pai, João escreveu: «Qualquer coisa que lhe pedirmos, dele receberemos, porque guardamos os seus mandamentos, e fazemos o que é agradável à sua vista» (v. 22). Desta forma, a Bíblia mostra-nos, que as nossas orações são escutadas, porque observamos a Lei de Deus.

É muito importante, para um verdadeiro cristão, saber que deverá prestar contas a Deus, pela observância dos Dez Mandamentos!

O Novo Testamento explica o que é o pecado. O pecado não é jogar as cartas, dançar ou ir ao cinema. O pecado não é uma coisa. É a má utilização duma coisa, ou os maus pensamentos e atitudes, que violam ou transgridem o espírito da Lei de Deus.

É verdade que por exemplo, ir jogar cartas para um ambiente desonesto, utilizando o jogo para adquirir dinheiro sem trabalhar, seria um pecado. Todo o género de dança, que incita à cobiça sexual é pecado. Assistir a filmes, onde haja violência, mortes, cobiças, etc., pode trazer efeitos negativos para o espírito humano. Mas lembre-se, que a norma não consiste em «é assim que eu vejo as coisas» ou «foi o que disse este ou aquele». Os Mandamentos de Deus são a única verdadeira referência, para determinar o que é justo ou não, o que é bom ou mau. Existiria algo que fosse mais claro?

Um verdadeiro cristão deixa-se conduzir e é conduzido pelo Espírito Santo. Como disse o apóstolo Paulo: «Porque todos os que são guiados pelo espírito de Deus, esses são filhos de Deus» (Rom. 8:14). Mas como se recebe o Espírito Santo? E como é que Ele funciona?

O método para receber o Espírito Santo, foi revelado pelo apóstolo Pedro, que disse: «Arrependei-vos e cada um de vós seja baptizado em nome de Jesus Cristo para perdão dos pecados, e recebereis o dom do Espírito Santo» (Act. 2:38).

Uma vez que o carácter egoísta do homem tem de ser enterrado, pelo baptismo, para perdão dos pecados, deveis arrepender-vos do pecado. Recordai, que o pecado é a transgressão da Lei (I João 3:4). É por esta razão, que deveis arrepender-vos da transgressão da Lei de Deus (Deut. 30:2).

Depois, para ser um verdadeiro cristão, tem de ser baptizado, numa sepultura líquida, simbolizando por um lado, a tomada de consciência da pena de morte que permanece sobre todos os seres humanos e que é o preço pela transgressão da Lei do vosso Criador, por outro lado, a expressão da vossa vontade, de deixar morrer os vossos sentimentos egoístas. Depois, após um arrependimento sincero da vossa rebelião contra Deus, assim como dos vossos caminhos e desejos carnais, obedecendo a esta ordem, com a vossa boa atitude de humildade, do vosso baptismo, aceitando com fé no sangue derramado de Cristo, como preço pago pelos vossos pecados passados, chegareis à promessa que vos foi feita, de receber o «dom» do Espírito Santo de Deus. Então, pelo seu Espírito, Jesus Cristo coloca a sua natureza em vós. O Seu amor, a Sua fé, a Sua força, a fim de vos ajudar a ultrapassar as vossas fraquezas e enfrentar as tentações do Mundo e de Satanás. O amor que recebeis, através do Espírito Santo de Deus, não é somente o amor humano, mas sobretudo o verdadeiro amor de Deus, «Porque o amor de Deus está derramado em nossos corações, pelo Espírito Santo, que nos foi dado» (Rom. 5:5).

Como funciona este amor?

Deixemos a Palavra de Deus dar-nos a verdadeira resposta: «Porque o amor de Deus é este, que guardemos os seus Mandamentos; e os seus Mandamentos não são pesados» (I João 5:3).

É graças ao amor de Deus, colocado em nós pelo seu Espírito, que somos capazes de guardar os seus mandamentos.

Não é pelo vosso poder, mas pelo poder que o Espírito Santo de Deus comunica, que podeis seguir o exemplo perfeito de Jesus Cristo. Podeis deixar Jesus viver em vós, o mesmo tipo de vida que Ele viveu, há mais de 1900 anos — observando as mesmas leis de Deus, celebrando os mesmos dias santos que Deus ordenou, permanecendo espiritualmente separado da sociedade deste Mundo, da sua política, das suas guerras. Através do estudo bíblico, pela oração fervente, e do jejum ocasional e através de uma vitória e um crescimento espiritual constante, podereis deixar Deus aperfeiçoar-vos literalmente, à Sua imagem espiritual, para que nasçam Dele à ressurreição, como Seus verdadeiros filhos — com a mesma natureza que Ele!

Este é, na verdade, o objectivo da vossa existência!

O PODER espiritual que necessitam

O apóstolo Paulo escreveu que: «o amor de Deus foi derramado nos nossos corações, pelo Espírito Santo que nos foi dado» (Rom. 5:5). É evidente que, para podermos observar a Lei espiritual de Deus e vencer os nossos próprios caminhos pecadores, precisamos do amor de Deus, essa força espiritual que só Deus pode dar e Ele prometeu dá-lo, através do Seu Espírito.

Vejamos de novo! «Porque este é o amor de Deus: que guardemos os seus man-damentos; e os seus mandamentos não são pesados» (I João 5:3).

João, o apóstolo que Jesus amava particularmente, escreveu perto do fim da era apostólica, que o amor de Deus nos leva a «guardar os seus Mandamentos». Contrariando assim, os argumentos teológicos modernos que tentam provar o contrário, João diz ainda, que os Mandamentos não são «pesados».

Um verdadeiro cristão terá então o amor de Deus nele, como «rios de água viva correrão do seu ventre» (João 7:38-39). Então, quando estuda profundamente a Bíblia e dela se alimenta, orando a Deus com fervor todos os dias de joelhos, para obter a força espiritual, a fé, a direcção a tomar, o amor que necessita, o verdadeiro cristão cresce espiritualmente.

Pouco a pouco, cada um de nós deve «crescer na graça e no conhecimento de nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo» (II Ped. 3:18). Com a ajuda de Deus e de Seu Espírito dentro de nós, devemos permitir a Jesus Cristo de viver a Sua vida em nós, em cada dia.

A Palavra de Deus diz-nos: «Porque fostes comprados por um grande preço; glorificai pois a Deus no vosso corpo e no vosso espírito, os quais pertencem a Deus» (I Cor. 6:20).

Uma vez que Jesus Cristo nos comprou com o seu sangue e porque Ele pagou assim a condenação que estava sobre nós, os verdadeiros cristãos têm necessidade de compreender, que devem tentar fazer a vontade de Deus — em tudo o que pensam, dizem ou fazem.

É verdade, que em certos momentos, todos ainda tropeçamos, o que impede que Cristo viva a sua vida em nós. Mas não nos devemos desencorajar. Somos todos seres humanos.

João, o apóstolo do amor, escreveu a esse respeito: «Se dissermos que não temos pecados, enganamo-nos a nós mesmos, e não há verdade em nós. Se confessarmos os nossos pecados, Ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados, e nos purificar de toda a injustiça» (I João 1:8-9).

Assim quando «tropeçamos» depois da nossa conversão, se nos arrependermos profundamente e se confessarmos os nossos pecados a Deus, Ele nos perdoará. João disse mais, «Ele nos perdoará de toda a injustiça».

Mas para vencer é preciso tempo, não acontece instantaneamente. Nunca devemos desencorajar-nos e abandonar.

Os frutos do verdadeiro cristão

Jesus disse: «Vós os conheceis pelos seus frutos» (Mat. 7:20). Os «frutos», ou o resultado das nossas acções, a nossa maneira de viver, mostram se o Espírito Santo habita, ou não, em nós e se somos realmente, cristãos. Quando um fariseu perguntou a Jesus, qual era a coisa mais importante que temos de fazer, Jesus respondeu: «Amarás o Senhor, teu Deus, de todo o teu coração, de toda a tua alma, e de todo o teu pensamento. Este é o primeiro e grande mandamento. E o segundo, semelhante a este é: Amarás o teu próximo como a ti mesmo» (Mat. 22:37-39).

Para o verdadeiro cristão, Deus torna-se o centro de tudo. O verdadeiro cristão coloca Deus, no centro da sua vida. Ele desejará agradar a Deus, em todos os seus pensamentos e acções. Ele procurará recordar-se frequentemente, que Deus é seu Pai e que Jesus é o seu Salvador e Soberano Sacrificador.

Desta forma, ele se «alimentará» literalmente de Cristo, estudando constantemente e vivendo da palavra inspirada de Deus: a Bíblia (João 6:56-57). O verdadeiro cristão tomará por hábito, levantar-se cedo, para procurar Deus através duma oração fervente, seguindo assim o costume de Jesus Cristo (Mar. 1:35). Com todas estas coisas, ele aprenderá a caminhar com Deus, de modo a ter os seus pensamentos e acções, em harmonia com Deus e Jesus Cristo, durante cada dia da sua vida cristã.

Um verdadeiro cristão será, igualmente, conduzido pelo Espírito Santo de Deus a «amar o seu próximo como a si mesmo». Ele esforçar-se-á, com a ajuda de Deus e Suas directivas, a ser gentil, bom e generoso. O cristão procurará seguir as instruções de Jesus Cristo: «Mais bem aventurada coisa é dar do que receber» (Act. 20:35).

Assim um verdadeiro discípulo de Jesus esforçar-se-á por ser um homem de caridade, esforçar-se-á, igualmente, por ajudar, por servir, por encorajar e animar o seu próximo e agarrar-se-á de todo o coração, a ajudar a proclamação da verdade preciosa. Como Daniel escreveu: «Os entendidos, pois, resplandecerão, como o resplendor do firmamento; e os que a muitos ensinam a justiça refulgirão como as estrelas, sempre e eternamente» (Dan. 12:3). E durante a sua vida, na sua personalidade, o verdadeiro cristão mostrará, que produz cada vez «frutos» espirituais, como os descritos pelo apóstolo Paulo. «Mas o fruto do Espírito é: amor, gozo, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fé, mansidão, temperança. Contra estas coisas não há lei» (Gál. 5:22-23). Graças ao Espírito de Deus obrando nele, o verdadeiro cristão manifestará uma preocupação sincera e constante, para com todos os homens e uma afeição pura, para com todos os que estão à sua volta.

A alegria e a paz interior que um verdadeiro cristão sente não tem preço. Todos os cristãos devem crescer num espírito de gentileza, paciência, bondade e de benevolência, como está escrito em (Gál. 5:22-23). A fé é um fruto vital — a força espiritual da confiança em Deus, a manifestação do compromisso e esperança, para com a fé, em todos os aspectos da nossa vida.

O último «fruto» do Espírito é o controlo sobre si mesmo — a força espiritual para resistir aos seus próprios pecados e cobiças e obedecer a Deus. Novamente, se confiarem verdadeiramente o vosso coração, o vosso espírito e a vossa vontade a Deus, se aceitardes Jesus Cristo e se fordes baptizados em Seu nome, é vos prometido o poder do Espírito Santo, a fim de poderem resistir ao mal e terem controlo sobre vós mesmos.

Como o apóstolo Paulo escreveu a Timóteo: «Porque Deus não nos deu o espírito de temor, mas de fortaleza, e de amor, e moderação» (II Tim. 1:7). Não devem esperar uma «perfeição» instantânea, de uma vez só. Porque como já vimos, devemos crescer na graça e no conhecimento. A vida do verdadeiro cristão é uma vida de vitórias e de crescimento, tendo em vista, assemelhar-se cada vez mais com Jesus Cristo, até nos nossos pensamentos e desejos mais secretos.

Mas diante do magnífico futuro, reservado ao verdadeiro cristão, todos os sacrifícios, todas as dificuldades todas as dores valem verdadeiramente a pena.

 

Haverá alguma esperança para mim?

Muitas pessoas estão, falsamente convencidas, que Deus não poderá nunca perdoar os seus pecados, porque este são enormes e incalculáveis. No entanto, na qualidade de pecador, achando-se com grande necessidade de misericórdia, o profeta Miquéias escreveu:

«Com que me apresentarei ao Senhor, e me inclinarei ante o Deus Altíssimo? Virei perante Ele com holocaustos? Com bezerros de um ano? De dez mil ribeiros de azeite? Darei o meu primogénito pela minha transgressão? O fruto do meu ventre pelo pecado da minha alma?» (Miq. 6:6-7).

A resposta parece bonita de mais, para ser verdade. Mas Deus é bem melhor do que qualquer um de nós, para que possamos ousar ter esperança:

«Ele te declarou, ó homem o que é bom; e o que o Senhor pede de ti, senão que pratiques a justiça e ames a beneficência, e andes humildemente com o teu Deus» (Miq. 6:8).

Jesus Cristo, Senhor Deus de Israel, veio para salvar o Mundo — não para nos condenar, mas para condenar o pecado (João 1:1, 14; 3-17; Rom. 8:23). A nossa parte, é arrependermo-nos — aceitarmos Cristo como nosso Salvador — virarmo-nos para Deus e para a sua Lei espiritual perfeita, aceitarmos o baptismo para perdão dos pecados (Act. 2:28). Deus perdoará completamente e esquecerá os pecados passados de todas as pessoas que assim agirem sinceramente (João 8:9). A misericórdia e a bondade de Deus não terão limites para todos aqueles que O procuram sinceramente (Deut. 30).

Guardai os olhos fixos no objectivo

Se Deus vos chamou à verdadeira compreensão e se compreendem o que está escrito neste pequeno livro, sois sem dúvida nenhuma, chamados as ser «filhos» de Deus. O significado e o objectivo último do vosso apelo, são grandiosos.

A submissão constante do vosso tempo, da vossa energia ou mesmo da vossa vida, a fim de deixar Jesus Cristo viver a sua vida em vós permitir-vos-á, conformarem-se, cada vez mais ao carácter de Deus. Dia após dia vocês aprenderão a pensar, a agir e a viver como Deus.

Finalmente, quando Jesus regressar à Terra, como Rei, vós sereis ou ressuscitados ou transformados de carne em espírito (I Tess. 4:15-18). Na qualidade de «filhos», nascidos do Espírito de Deus, juntar-se-ão a Jesus Cristo para governar as nações da Terra (Apoc. 2:26), e para finalmente, trazer a paz e alegria profunda! Sereis também glorificados, na qualidade de membros dirigentes do Reino ou governo de Deus. Como o apóstolo João escreveu: «Amados, agora somos filhos de Deus, e ainda não é manifestado o que havemos de ser. Mas sabemos que, quando Ele se manifestar, seremos semelhantes a Ele, porque assim como é, o veremos» (I João 3:2).

Na ressurreição, os verdadeiros cristãos serão espirituais como Cristo. Ser-lhes-á dada a oportunidade e a responsabilidade maravilhosa de participar no governo das cidades e das nações do Mundo. Terão também, um corpo espiritual e glorioso, que lhes permitirá desempenhar esta tarefa. Pois nunca mais se sentirão cansados, nem sofrerão de alguma doença ou a morte.

Compostos de espírito, cheios de dinamismo, de energia e de alegria, os santos nascidos de Deus têm um convite magnífico e um futuro no seio da família de Deus. Como escreveu o apóstolo João: «E qualquer que nele tem esta esperança purifica-se a si mesmo, como também Ele é puro» (I João 3:3).

Se desejarem saber mais, sobre a glória e o poder destinado aos verdadeiros cristãos, deverão escrever-nos hoje mesmo, a fim de receberem o nosso impressionante livrete, intitulado: «O Vosso Destino Glorioso». É um livrinho extremamente estimulante, que vos será oferecido e enviado gratuitamente.

Os que compreendem têm toda a razão, em desejar obedecer a Deus Altíssimo e de aceitar o seu Filho, na qualidade de seu Salvador, de viver de toda a Sua palavra, de observar os seus Mandamentos, de formar em si o carácter de Deus e assim, se preparar para a realidade do «Século Futuro», no Reino de Deus!